Largo da Prainha já foi uma praia

Um dos locais mais movimentados do Centro do Rio atualmente tinha uma faixa de areia e mar que levava o mesmo nome do atual largo

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Pintura de 1841 do francês Jules de Sinety mostrando o antigo Porto do Rio

Em 1910, o Porto do Rio de Janeiro foi oficialmente inaugurado. As obras para essa construção aterraram a Prainha, uma pequena praia aos pés do Morro da Conceição que se estendia até onde hoje é a Praça Mauá.

As movimentações e autorizações do Poder Público para essas obras começaram em 1890. Foram muitos aterros nesse período. Com isso, a Prainha virou um largo no sopé do Morro da Conceição.

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A praia e depois o largo receberam esse nome por conta da proximidade com a Igreja de São Francisco da Prainha, erguida em 1696 por ordem do Padre Francisco da Motta. Contudo, existe uma outra versão citada por pesquisadores que aponta que foi a Igreja que recebeu o nome da praia.

Região onde hoje fica a Praça Mauá em 1916. Foto: Rio de Janeiro de Antigamente/Reprodução

“A Prainha terminava no morro da Conceição, onde se localizava um fortim (que virou a Fortaleza da Conceição, onde funciona o Serviço Geográfico do Exército). As vastas terras que formariam os futuros bairros da Saúde, da Gamboa, do Santo Cristo e Caju (Zona Portuária), encontravam na Prainha não só um importante vetor de expansão, tanto pela orla como pelos contornos do morro da Conceição. A pedra da Prainha (localizada próxima à atual praça dos Estivadores, rua do Camerino) era um obstáculo físico à comunicação com as praias do Valonguinho e Valongo. Esse empecilho não impedia, no entanto, que o desenvolvimento observado na Prainha prosseguisse pela orla até alcançar outro monte: morro da Saúde. Nesse extremo, situava-se o trapiche de Antônio Leite, próximo ao costão de Nossa Senhora da Saúde”, escreveu a pesquisadora Merced Guimarães.

Atualmente, o mar não está mais ali. Com o perdão do trocadilho, o que se forma por lá é um mar de gente todas as semanas, bebendo, comendo e eando pelos bares, restaurantes, casas de cultura e locais históricos da região. Não deixa de ser, de certa forma, uma praia para cariocas e turistas.

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