Por anos, a esquina da Voluntários da Pátria com a Dona Mariana, em Botafogo, foi sinônimo de pão quente, cafezinho e conversa fiada no balcão. Era lá que funcionava a Panificação Voluntários, uma das mais antigas do bairro e comandada por “Seu Pepe” — figura conhecida na vizinhança. O estabelecimento encerrou as atividades em janeiro, após 65 anos de funcionamento.
No lugar, o imóvel entrou em obra e já tem destino certo. Vai abrigar mais uma unidade de rede de drogarias. A notícia não caiu bem entre os moradores. Logo após o anúncio, o canteiro em frente à antiga padaria amanheceu com uma placa singela “Chega de farmácias. Quero padarias!”
O protesto silencioso, que logo viralizou nas redes sociais, trouxe um incômodo antigo de quem vive nos bairros mais tradicionais do Rio. Aos poucos, padarias, armarinhos, sapatarias e mercadinhos de rua vêm desaparecendo — e, em seu lugar, surge mais uma farmácia. O avanço é tão expressivo que, segundo a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop), a cidade do Rio já soma mais de 2.500 estabelecimentos do tipo. Isso equivale a uma média de uma farmácia para cada 2.640 habitantes.
A situação não é exclusividade da Zona Sul. Grande Tijuca, Méier e outros pontos da Zona Norte também vêm assistindo ao encolhimento do comércio mais antigo. Em muitos casos, redes de farmácia ocupam os imóveis quase imediatamente após o fechamento. Segundo o Conselho Regional de Farmácia (CRF-RJ), o ano de 2022 fechou com 7.608 estabelecimentos do tipo registrados no Estado do Rio. O número segue em crescimento.
Especialistas apontam uma combinação de fatores para esse avanço, como o envelhecimento da população, o maior o a medicamentos por programas de saúde pública e, claro, a expansão agressiva das grandes redes. Copacabana, que concentra um dos maiores índices de idosos da cidade, lidera o ranking de concentração de farmácias por habitante.
Com os fundos imobiliarios comprando tudo, e eles têm dinheiro para isso, e depois alugando por valores altíssimos, só grandes redes que conseguem pagar os valores, e ainda há quem diga que esse dinheiro vem para a lavagem de dinheiro, então, é daí para pior.
No Centro a situação é ainda pior… a loja da Senador Dantas (antigo cinema Vitória e onde funcionou uma grande livraria), onde já havia sido divulgado que seria ocupada por um supermercado (não há um só nesta zona do Centro), deu lugar a mais uma dessas financeiras batizadas como “associações de servidores” (se duvidar, ainda é capaz de ser uma das envolvidas no escândalo dos descontos não autorizados nas aposentadorias do INSS). CHEGA de financeiras, farmácias e lojas de capinhas para celulares!
Só dão valor quando perdem. Antigamente o português (Manoel da padaria) que vinha pra cá abria uma padaria trabalhava 12, 14,16 horas por dia, sinônimo de trabalho e perseverança. Hj como estão morrendo e os filhos não querem mais tocar o negócio, agora é fechar mesmo. Ainda mais com ideias estapafúrdias de escala 4×3 que quem defende nunca teve comércio ou pagou um DARF. Tempos sombrios onde irão comprar pão no mercado onde a massa é congelada nunca feita no mesmo dia. Não irão saber o que é um pão fresco e um pingado…
O dono pode ficar o tempo que quiser trabalhando…
Já o empregado, não. Acha que na Europa é diferente?
Trabalhadores formais europeus tem média anual de 1900 horas enquanto aqui o brasileiro a de 2100 horas. E olha que o salário mínimo dos países europeus têm maior poder aquisitivo lá do que aqui temos com nosso.
Saber o que significa semana inglesa? Sabe quantos dias o trabalhador chinês tem de férias por ano? Sabe se o trabalhador norte americano é demitido tem direito a multa, FGTS e outros encargos demissionário? Já sei é mais um igual a papagaio que fala que trabalhador é explorado e patatipatata. Enquanto isso ficamos para tras, ano após ano em relação aos outros países. O dono pode ficar o tempo que quiser….quer dizer que o dono, dono do capital dinheiro, vai ter que trabalhar mais que o funcionário..melhor ele aplicar no mercado financeiro, imóveis, dólar etc, do que se apurrinhar e ouvir esse tipo de lorota. E cada vez mais gente na informalidade ou trabalhando em UBER e afins. Como tem gente cega neste país
O norte-americano tem remuneração por hora de trabalho. Também o norte-americano tem seguro desemprego. Pode não ter FGTS. Mas se este FGTS não existisse, o que é recolhido da parte do empregado e do empregador seria convertido em remuneração. Já sobre o trabalhador chinês, poucos dados são efetivamente compartilhados, logo, não se tem transparência, mas, em todo caso, as bugigangas e outros que importamos com preços baixos, aqueles primeiros, sem controle de qualidade, sem garantia etc. enquanto os trabalhadores desempenham longas jornadas sem direitos e o mundo fechando os olhos apenas se importando pagar menos, diz tudo.
Em síntese, você não sabe nada do que fala…
Sei, lhe garanto que sei. Já pegou a produtividade de um trabalhador norte-americano e comparou com um brasileiro? Ja foi nos Estados Unidos? Ja viu algum trabalhador parado em frente a TV de um restaurante vendo jogo de futebol americano? Compare aqui e vá a qq bar em dia de jogo de futebol e repare no atendimento. Vc vê trabalhador mexendo em aparelho de celular para falar na hora do expediente? Vá a Europa, saia do Brasil e vá a um restaurante e veja quantos garçons há para lhe atender. Temos que evoluir muito. Vc mesmo deu a dica, pagamos FGTS, recolhido pelo empregador, e governo lhe dá de volta com 3% de remuneração. Paga-se PIS- COFINS tb para previdência e assistência agora quando vc precisa ir no postinho muitas vezes não tem remédio para uma simples cefaléia. Um dos poucos ou senão o unico pais do mundo onde homem tem que trabalhar 5 anos a mais….Tem que melhorar muito. Mas fica aqui minha deixa: Vamos lá seja um empreendedor e ajude seu país a crescer e dar emprego e veja como é maravilhoso ser patrão como vc disse nas entrelinhas.
E tempo de contribuição e idade para a aposentadoria são os mesmos para homens e mulheres nos EUA e muitos outros países desenvolvidos e mesmo até na China…
Agora em Julho inaugura mais uma Drogaria em Ipanema, na Rua Visconde de Pirajá 525, o imóvel funcionou por 50 anos a Drogaria Pirajá, q encerrou as atividades por desavenças na sociedade.
Os antigos sócios faleceram, os filhos do sócio Armindo compraram o imóvel e locaram para a Drogarias Cristal.
No Largo do Machado, há duas lojas da mesma rede na mesma calçada num intervalo de uns 50 metros. Pra que isso?
Uso farmácia, mas geralmente o atendimento é demorado. Uma fila pra pedir um remédio, falar o F, confirmar dados (toda aquela xaropada) e outra pra pagar. Seria melhor a rede fechar uma das lojas e deslocar os funcionários para a outra. Sobra espaço, as lojas sempre têm muitos terminais e poucos funcionários atendendo.
Seja como for, é um absurdo muitas farmácias tão próximas, sejam da mesma rede ou não. Maior número de lojas não aumenta a oferta de remédios e outros produtos no mercado.
Lavagem de dinheiro assim como a maioria das lojas de shopping. Pesquisem o caso da rede cumani .
Não sou da área, mas não vejo a conta fechar – são muitas unidades, e a sobreposição é grande, canibalizando as próprias filiais de uma mesma bandeira. Ou o desejo é que muitas desenvolvem-se como um tipo de comércio mais abrangente, como mercadinhos, ou há alguma bolha de outra ordem. A impressão é que em algum momento isso pode estourar, resultando em centenas de pontos comerciais vazios de uma hora pra outra.
A coisa é tão séria que não se consegue saber quantas farmácias/drogaria existem em copacabana. São tantas que em uma semana foram inauguradas três ao mesmo tempo. Acredito que essa quantidade absurda de farmácias/drogarias, merecia uma investigação do MP. Ou o lucro é exorbitante ou é lavagem de dinheiro.
A padaria esteve lá durante décadas. A mesma situação aconteceu na Rua da agem, onde a Pastitália, fechou, depois de mais de setenta anos de história. A população só dá valor depois que perde.
Dos males, o menos pior.
Ainda uma farmácia é melhor que um templo religioso.
De qualquer forma, uma padaria, especialmente, seria mais bem-vinda, ou até sorveteira, cafeteira…
Hoje eu estava proximo a estação de metro da carioca-RJ querendo uma padaria e não tinha, só estbelecimento de mate, que vem com os seus sanduiches padronizados . Comprei um misto com uma média de café com leite e paguei R$ 30,00. Um absurdo! A padaria mais próxima que eu lembro é na uruguaiana e eu estava com pressa, não quis ir até lá. Realmente é um absurdo esse excesso de drogarias. Normal, pílulas sintéticas que tem prazo de vencimento prolongado, só tem que dar lucro.
Concordo, Queremos Padarias!
Padarias e outros serviços essenciais deveriam ser discutidos no plano Diretor das cidades.
Esses trambolhos de bancas de jornal que muitas vezes atrapalham as calçadas continuam pelo centro, uma em cima da outra. Tem que realocá-las para lugares mais espaçosos, que não atrapalhem os transeutes…
As bancas são outro absurdo. Deixaram de ser bancas de jornais e revistas e tornaram-se lojas de órios para celulares (como se já houvesse poucas!) ou até brechós!
Concordo que há um excesso de farmacias, contudo hoje a padaria do supermercado Prezunic, que fica a cerca de 100 metros de distancia, é bem melhor do que era a Padaria Voluntarios apos o falecimento do Sr. Pepe.
Faz o L. Esperavam o que?
Caramba, o que fazer o L tem a ver com o fato? Isso já acontece há anos, aconteceu durante o governo anterior tb.
Cara, que desgraça esses palhaços bolsonaristas e lulistas que só querem saber de ficar ou ando pano nas besteiras que seu ídolo faz ou criticando as besteiras que o ídolo alheio faz.
Que gente de cabeça fraca e desagradável, que transforma o cotidiano numa eterna briga de torcida organizada.
Ou você é burr0 ou é mal-c4r4ter. Há anos as farmácias vêm pipocando pelas cidades num esquema obscuro que mais parece coisa de m4fia.
Só sabe falar isso? É robô?